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No próximo dia 10 de abril Rio das Ostras vai completar 17 anos de emancipação político-administrativa. Numa bem-sucedida escalada que a transformou num belo cartão-postal. E nesse pouco tempo de vida nova a cidade demonstra mesmo sua vocação e força para o crescimento. Rio das Ostras tem de fato surpreendido em sua capacidade de avançar, muito disso em virtude dos royalties do petróleo, que a transformaram em fenômeno de crescimento em tão pouco tempo.
Todo este crescimento alvissareiro se traduziu em oportunidades, mas a reboque trouxe também problemas que os gestores devem estar atentos para que não recrudesçam. Temos aqui ao lado o exemplo recente de Macaé. Também catapultada à condição de mega-arrecadação, a cidade atraiu grande massa de trabalhadores. Muitos qualificados e a grande maioria sem nenhuma qualificação. Todos atraídos pelas oportunidades oferecidas pela indústria do petróleo. A cidade teve de se adequar às pressas ao crescimento que se tornou desordenado e a violência que cresceu sobremaneira.
Nossa vizinha com certeza trabalha para resolver os problemas que cresceram por conta de questões sociais, como desemprego e falta de oportunidades. Por outro lado, há que se ter em conta que o crescimento dentro do modelo neoliberal, centrado no capitalismo selvagem, tende em algum momento a desaguar numa incontrolável usina geradora de problemas e crises de todos os tipos.
Então, voltemos à temática ambiental. Entendemos o assunto como elemento de formação de novas condutas. Não adiante falar de preservação se a gestão não se compromete com medidas de controle sérias que resultem em uma ‘natureza pura’. Tão importante quanto preservar o ambiente e corrigir os abusos cometidos contra ele é trabalhar para mudar as mentalidades, suas práticas e responsabilidade social.
Para uma cidade tão nova como a nossa, desejamos que mantenha a beleza natural e busque um tipo de desenvolvimento sustentável centrado no homem e em suas necessidades. A requalificação de empresas, dos governos e das pessoas deve fazer parte de nosso propósito coletivo. A procura de um mundo mais limpo tem feito com que cientistas busquem soluções inovadoras.
Pensar e agir localmente, sem perder a perspectiva dos grandes problemas socioambientais em nível global, é algo que tem de estar presente nas agendas dos governos, nos três níveis.
Para aqueles que acreditam em transformação social este é um excelente momento para a reflexão. No sentido de conhecermos um pouco da história de Rio das Ostras. Precisamos ouvir aqueles e aquelas que trazem consigo a herança das margens dos rios. Os indígenas, os escravos e nossos pescadores.
Para nos incluirmos neste momento de comemoração, o CEPRO estará realizando no dia 11 de abril de 2009, às 18 horas, o Projeto História, Memória e Cultura de Rio das Ostras. Além de depoimentos desejamos contribuir para a formação de uma identidade com esta cidade e território. Sabemos que hoje nossa cidade como diz em seu hino recebe e acolhe cerca de 80% de pessoas que não nasceram AQUI.
Obrigada Rio das Ostras!

Profª Guilhermina Rocha
Especialista em Educação e Historiadora
Presidente do CEPRO
Colunista do Jornal Razão – Rio das Ostras
Email: guilherminarocha@oi.com.br

CEPRO – Centro Cultural de Educação Popular de Rio das Ostras
Avenida das Flores, nº 394 – Bairro Residencial Praia Âncora
Rio das Ostras – RJ
Telefone: (22) 2760-6238 / (22) 9834-7409
E-mail: cepro.rj@gmail.com
Blog: http://cepro-rj.blogspot.com

CEPRO – Um projeto de cidadania, educação e cultura em Rio das Ostras
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