“Voltei, aqui é meu lugar
minha emoção é grande,
a saudade era maior
e eu voltei para ficar.”
(Voltei, Oswaldo Nunes)
Neste 16 de julho, Elizeth Cardoso, uma das maiores intérpretes da música popular brasileira, completaria seu 90º aniversário.
Na prática, Elizeth dispensaria apresentações e mesmo homenagens – não era do seu feitio. Ocorre que, como diz a epígrafe, “a saudade era maior” e não poderíamos deixar de relembrá-la, em especial para o público jovem.
Elizeth já mereceu inúmeras (e merecidas) adjetivações ao longo de sua carreira: Meiga, Magnífica, Enluarada, Primeira Dama e, por fim, Divina.
A qualidade do seu canto junto a sua forte personalidade a fizeram exemplo único na história da MPB. Elizeth não cedeu a modismos nos seus mais de 50 anos de vida artística. Por isso, foi admirada no Brasil e no estrangeiro.
E apesar de todos os elogios recebidos, Elizeth não se deixou levar pela tentação do estrelato, fenômeno tão comum nos tempos da mídia global. Foi fiel ao seu repertório popular, ao seu público, aos seus amigos e até a sua modesta gravadora, a Discos Copacabana.
A arte de Elizeth transitou da bossa nova ao samba de raiz, passando pelas várias modalidades de samba: de morro, de partido alto, de rancho, de breque, samba-choro e samba-canção. Seu repertório é vasto e variado, tendo gravado dezenas de discos, sendo que uma listagem de canções não caberia nestas linhas. No entanto, citaremos entre as mais memoráveis: Canção do amor demais, Nossos momentos, Meiga presença, Apelo, Barracão, Se todos fossem iguais a você.
Elizabeth se apresentou também ao vivo, seja na televisão, seja em show. Merece ser lembrado o recital de 1968, no Teatro João Caetano, Praça Tiradentes, Centro do Rio de Janeiro, onde se apresentou com Jacob do Bandolim, o conjunto Época de Ouro e o Zimbo Trio. Para muitos, este foi um dos melhores momentos da música popular brasileira.
O seu sempre amigo e ex-produtor, Hermínio Bello de Carvalho, assim definiu Elizeth Cardoso:
“Canta como todos deveriam cantar: o coração aberto aos olhos daqueles que sabem ouvir com o coração”
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