Noel de Medeiros Rosa ou, simplesmente, Noel Rosa, como ficou conhecido, nasceu no Rio de Janeiro e completaria 100 anos no dia 11 de dezembro de 2010.
Veio ao mundo em parto difícil, o que obrigou médicos a utilizar fórceps para ajudar, causando lesão no queixo, que o acompanhou por toda a vida.
Sua vida foi marcada por outras dificuldades. Magro e debilitado de saúde, era motivo de preocupação de sua mãe, dona Marta. Foi aprovado na faculdade de medicina, mas não concluiu seus estudos.
Noel Rosa era ainda tímido e recatado, talvez devido a sua marca de nascença, que lhe trazia dificuldades no relacionamento.
Tinha também problemas financeiros, vivendo às custa de uns poucos recursos advindos de suas composições e do auxílio de sua mãe. No entanto, tudo era gasto com a boêmia, com as bebidas e, como diziam, com as mulheres. Tudo isso acelerou seu adoecimento, o levando à morte por tuberculose, doença muito temida à época.
Talvez, por todas essas dificuldades – nasceu um homem franzino e desajeitado – uma outra marca o fez superá-las e entrar para a história da música popular brasileira: a marca do seu gênio!
Suas músicas revelam esse traço sendo também propenso a polêmicas musicais como aquela travada com outro grande sambista da época, Wilson Batista.
A lista de sua produção é vasta, sendo algumas imorredouras: As pastorinhas, Com que roupa, Feitiço da Vila, Feitio de oração, Fita amarela, Palpite infeliz, Pierrô apaixonado, Três apitos e muitas outras.
Noel Rosa foi artista de múltiplas facetas: poeta, músico, instrumentista e cronista. Marcou sua época, chegando sem legado artístico até os dias atuais. Noel morreu, precocemente, no Rio de Janeiro, em 04 de maio de 1937, com 26 anos.
O CEPRO – Centro Cultural de Educação Popular de Rio das Ostras – não poderia deixar de registrar a merecida homenagem pelo seu centenário de nascimento.
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