Na Amazônia está um quinto de toda a reserva de água potável do planeta, sendo que 45% de toda a água subterrânea do Brasil está nesta região, informa o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta quarta-feira (1º). Vale lembrar que cerca de 97% da água doce disponível para a humanidade encontra-se no subsolo.
O dado vem do estudo “Geoestatísticas de Recursos Naturais da Amazônia Legal” que destaca o potencial hídrico subterrâneo da Amazônia. Isto se deve à natureza das rochas predominantes na região, as sedimentares, que permitem a infiltração de água.
Além disso, 12,4% da área é sujeita a inundações – um dado atemporal e importante quando pensamos no avanço de aglomerações humanas pela região.
Segundo o Censo Demográfico de 2000, 20 milhões de pessoas residiam dentro da Amazônia Legal. Já no mais recente Censo, de2010, apopulação local subiu para 24 milhões de habitantes, o que significa um crescimento demográfico de aproximadamente 20% em dez anos. No mesmo período, a média nacional foi de apenas 1,17%.
Para os pesquisadores do IBGE, esse cinturão do desmatamento constatado em 2002 (que parte do leste do Acre passando por Rondônia, Mato Grosso, e visto de maneira bastante intensa entre o leste do Pará, oeste do Tocantins e norte do Maranhão) já está muito mais avançado hoje, devido à expansão da fronteira agrícola. O aumento da população também é percebido ao longo dos principais canais fluviais e rodoviários na região.
Biodiversidade
Na Amazônia havia originalmente mais de 20 bilhões de árvores, mas em 2002, cerca de 2,6 bilhões já haviam sido eliminadas –o número corresponde a 13% do total. Em termos de volume, 4,7 bilhões de metros cúbicos de madeira foram eliminados pelo desmatamento.
O desmatamento foi responsável pela eliminação de aproximadamente 23 bilhões de toneladas (12,7%) de biomassa, ou matéria orgânica de origem vegetal, e 6,6 bilhões de toneladas de carbono (12,7%).
A quantidade de carbono eliminado é importante pois contribui para o aquecimento global. Hoje, a Amazônia é uma das maiores retentoras de carbono do mundo.
Há ainda 45 bilhões de toneladas de carbono remanescentes nas formações florestais da Amazônia Legal.
Além disso, cabe destacar uma preocupação exposta no estudo: a rápida devastação das florestas estacionais (alternam períodos de seca e de chuva), pois são vegetações de transição e estão bem no arco do desmatamento.
Fonte:www.uol.com.br
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