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“Trabalhadores de todo o mundo , uni-vos.”
(Karl Marx)

Participação. Esta é uma espécie de palavra mágica que esteve , e ainda está , presente nestes últimos trinta, ou mais, anos de nossa história. Desde  os chamados anos de chumbo, pós- 64, o clamor da sociedade civil pelo retorno do “estado de direito” fez da participação uma reivindicação permanente. Hoje, já em outro contexto, não é diferente. Participar é preciso!

No entanto, participar não deve ser um ato desprovido do querer, do saber e do poder. Tanto individual, quanto coletivamente falando. “Querer” pressupõe vontade, disposição, compromisso. “Saber” implica em se ter conhecimento , habilidade, competência. “Poder”, por sua vez,  tem  a ver com potência , ação, resultados. Portanto, participação compreende formação, informação e mobilização. É produto e processo, ao mesmo tempo.

A participação tem sido tema constante da agenda social. Há tempos, movimentos sociais envolveram milhares, e até milhões, de brasileiros e brasileiras   como nas “Diretas-Já!”, nas denúncias  do  “ Grupo Tortura Nunca Mais “, dentre outros. Naquela época , ressurgiu no país com toda a força os movimentos sociais . Havia um objetivo comum: superar a ditadura civil- militar e devolver a democracia , sem adjetivos.

A construção de um novo modelo de desenvolvimento para o nosso país passa pela concepção de educação e pelo projeto educacional que se quer implementar. O enfrentamento conseqüente dos problemas educacionais deve criar as condições necessárias para as transformações que resultem em novas políticas e  na materialização das medidas fundamentais  para superação da herança recebida ao longo dos últimos anos.

Devendo ter como eixo central:  o atendimento aos direitos sociais  e   a universalização  da educação em todos os níveis e modalidades. Esse desafio requer a priorização da educação nos planos de governo e o aumento das verbas para a educação.

Recriar a escola , extinguindo os pilares que sustentam a exclusão : de gênero, étnica e a exploração de classe. Aproveitando as comemorações  do  8 de março ,  alertamos que nós mulheres lutamos não apenas contra a opressão machista, e  reivindicamos igualdade entre os sexos , combatendo o sexismo, exigindo espaço social e político. Mas,  fundamentalmente,  combatendo o capitalismo que  sobrevive da fome  e da pobreza de mais da metade  da população mundial.

Com base  nessas considerações, podemos confirmar  que precisamos exercitar  a nossa cidadania . Em nossa cidade,  por exemplo,  nas reuniões das associações de moradores, nos sindicatos, na Câmara de Vereadores , na Prefeitura e  principalmente nos espaços de elaboração política  como as Conferências , Conselhos, Seminários, Fóruns, sejam eles no  âmbito local, estadual ou federal.

Participar, é preciso!

Profª Guilhermina Rocha
Pedagoga,  Historiadora e Presidente do CEPRO
CEPRO – Um Projeto de Cidadania, Educação e Cultura em Rio das Ostras.
Avenida das Flores, n° 394 – Bairro Residencial Praia Âncora
Rio das Ostras
Tel.: (22) 2760-6238 e Cel.:(22)9966-9436
E-mail: cepro.rj@gmail.com  
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