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Diretor da Campanha Amazônia e um dos fundadores do Greenpeace no Brasil, Paulo Adario foi hoje internacionalmente reconhecido como o Herói da Floresta na América Latina e Caribe. O prêmio inédito concedido pela ONU (Organização das Nações Unidas) foi entregue em cerimônia oficial em Nova York.
Em seu discurso de agradecimento, Adario afirmou ser o título de “herói” um reconhecimento intrínseco por parte da ONU de que as florestas ainda estão em grande perigo. Ele também alertou para a importância da luta contra o desmatamento como vetor de combate às mudanças climáticas.
Incluindo o Código Florestal como uma de suas batalhas na luta pelas florestas, Adario destacou que não há oposição entre proteção ambiental e desenvolvimento econômico, e que a produção e exportação de commodities podem continuar crescendo sem derrubar mais nenhuma árvore. 
“Cerca de 90% dos brasileiros são contra uma nova lei florestal que abra espaço para mais desmatamento e que anistie aqueles que desrespeitaram a legislação. E, no entanto, isso está sendo fortemente apoiado pelos parlamentares. A presidente Dilma está numa encruzilhada. Ela precisa escolher entre o futuro e o passado. 
Quero aproveitar essa oportunidade para pedir a ela que dê um passo para o futuro, vetando todas as medidas perversas que reduzem a proteção das florestas no Brasil.”
 
Em sua fala, Adario dedicou o prêmio às pessoas que dividem consigo a luta pela preservação das florestas, ou seja, aos verdadeiros heróis e vítimas que nascem quase todos os dias por conta da disputa dramática por recursos naturais e áreas de floresta.
Pessoas como Zé Claudio e sua esposa Maria não foram esquecidos pela ONU, que lhes rendeu uma homenagem, passando o filme do jornalista Felipe Milanez sobre a morte do casal de extrativistas. Com a voz embargada, a irmã de Zé Claudio, a ambientalista Laisa Sampaio, subiu ao palco e pediu mais governança na região para evitar novos crimes ambientais e humanos.
Jan McAlpine, chefe do Secretariado do Fórum das Nações Unidas sobre Florestas, disse que o conceito do prêmio surgiu, pois a organização queria mostrar o quanto as florestas são importantes para as pessoas e as pessoas para as florestas. Ao chamar Paulo Adario ao microfone, ela o definiu como uma “enorme contribuição para o mundo e a América Latina”.
Depois de receber 90 indicações, de 41 países, a ONU nomeou mais quatro “heróis da floresta” na África, Europa, Ásia e América do Norte. Os escolhidos foram Paul Nzegha Mzeka, de Camarões, Shigeatsu Hatakeyama, do Japão, Anatoly Lebedev, da Rússia, e Rhiannon Tomtishen e Madison Vorva, dos Estados Unidos.
Fonte: greenpeace.org/brasil
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