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(Stephen Simpson/Getty Images)


De autoria da Unicef, o marco é um convite para pensarmos na importância desta fase da vida e para lutarmos pelos direitos das crianças.

Datas comemorativas têm sempre algum propósito nobre: seja lembrar de um evento específico do passado, homenagear uma figura importante ou conscientizar as pessoas para algum tema relevante na sociedade – e este é o caso da maioria dos marcos que envolvem os jovens e as crianças.

Dia da Infância, celebrado em 24 de agosto, é um destes casos. Assim como o Dia Mundial da Infância, que acontece em 21 de março, este primeiro também é de autoria do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), mas está presente somente no calendário do Brasil. Ah, e apesar do nome eles nada têm a ver com o Dia das Crianças, viu?

A ideia do Dia da Infância é promover uma reflexão sobre as condições de vida dos pequenos ao redor do mundo e defender que todos tenham acesso aos devidos cuidados e a tudo aquilo que necessitam para um desenvolvimento pleno e harmonioso – nisto se inclui os direitos básicos de alimentação, moradia, formação social, educacional e de valores.

Deixar que nossos filhos brinquem, interajam com os amiguinhos e sintam um ambiente de segurança e acolhimento dentro de casa são atitudes que podem parecer naturais para nós – mas a verdade é que nem sempre isto acontece. Mesmo que os especialistas batam na tecla do quão importante é o período da infância para a construção da identidade e da subjetividade dos pequenos, nem sempre eles são assistidos em tudo que precisam.

Segundo dados do relatório publicado pela Unicef em 2018, a cada 10 crianças, 6 vivem em situação de precariedade. Em outras palavras, quase 12 milhões não têm muitos dos seus direitos assegurados e 6 milhões de crianças e adolescentes vivem em situação de extrema pobreza.

(Rawpixel/Thinkstock/Getty Images)

Outras informações, desta vez do estudo “Situação Mundial da Infância 2019”, mostram que pelo menos uma em cada três crianças menores de 5 anos não está recebendo a nutrição necessária para crescer bem.

Brasil em situação de alerta

E o cenário fica ainda mais preocupante quando falamos das condições dos pequenos que vivem em nosso país. Aqui no Brasil, uma pessoa é considerada criança desde o dia em que nasce até completar os doze anos e, de acordo com a Declaração dos Direitos da Criança, nenhuma delas “será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.

O que não condiz com a realidade, já que só em 2019, das mais de 159 mil denúncias de violações a direitos humanos recebidas pelo Disque 100, cerca de 86 mil tinham como vítimas crianças e adolescentes. Os dados ainda apontam que mais de 4,2 mil desses registros eram relacionados ao trabalho ilegal de crianças e adolescentes, o que só comprova a condição de vulnerabilidade em que estes menores se encontram.

O Dia da Infância é momento de comemorarmos a fase gostosa e cheia de descobertas que a infância pode ser, mas é também um lembrete do caminho longo e urgente que ainda precisa ser percorrido, para que os pequenos por todo o mundo tenham oportunidade de viver o comecinho de suas vidas recebendo a devida atenção e cuidado necessário para se desenvolverem.

Logo mais, no dia 11 de outubro, mais um marco importante será celebrado: é o Dia Internacional da Menina, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de chamar a atenção para os direitos das meninas e jovens mulheres de todo o mundo. A ideia é estimular medidas para que se elimine a desigualdade de gênero que acontece globalmente. Já deixe anotado aí!

www.bebe.abril.com.br/Flávia Antunes

Tags :24 DE AGOSTO – DIA DA INFÂNCIAFONTE: https://www.sinposba.org.br/index.php/2020/08/24/o-que-e-o-dia-da-infancia-entenda-por-que-a-data-foi-criada/

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