Durante a abertura oficial da 17ª edição da Feira do Cooperativismo Alternativo (Feicoop), 6ª Feira de Economia Solidária do Mercosul e demais eventos solidários que aconteceram na tarde de sexta-feira (9), em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, autoridades locais e nacionais e até representantes internacionais de empreendimentos solidários falaram sobre a importância do evento para o fortalecimento desta nova economia.
Dando as boas vindas aos presentes, Irmã Lourdes Dill, coordenadora do Projeto Esperança Cooesperança, que organiza os eventos, disse: “É com alegria e emoção que estamos aqui pela 17ª vez, fincando a Economia Solidária neste chão”.
Citando o provérbio africano “Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra”, ela ressaltou a importância de fortalecer essa economia de base popular, que atua pela inclusão dos povos. “O capitalismo para nós é um monstro porque engole os pequenos. O mundo está marcado pela exclusão, mas a Economia Solidária está aqui para mostrar que um outro mundo é possível”.
Shirlei Silva, analista social do Instituto Marista de Solidariedade (IMS), entidade executora do Programa Nacional de Comercialização Solidária, falou que é preciso ter no país mais espaço e iniciativas como as feiras de Santa Maria, para o fortalecimento da Economia Solidária (ES). “Nós precisamos de espaços como este, aonde a gente refaz a luta, aonde a gente vem alimentar o nosso sonho de um mundo cuidadoso e humanizado”, declarou. Ela falou ainda que a Economia Solidária já começa a chamar a atenção do mundo. “As feiras são espaço de troca de energia e troca de esperança”, finalizou.
Maribel Kauffman, representante do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), disse que a feira de Santa Maria vai além do Mercosul (Mercado Comum do Sul), já que a integração é de toda a América Latina. Ela ressaltou que “a Economia Solidária está se colocando não como combate à pobreza e nem como, simplesmente, empreendedorismo. Mas, está mostrando que já é possível construir isso que está aqui e que já está na 17ª edição. E a gente tem, realmente, possibilidade de construir um outro modelo de sociedade”.
Ela enfatizou ainda sobre a continuidade da campanha de coleta de assinaturas para a construção da Lei de Iniciativa Popular, que institui a Política Nacional de Economia Solidária no país. A aprovação de uma lei geral e nacional de ES deve tornar as políticas públicas existentes, em políticas de Estado, trazendo benefícios para o setor e superando os desafios enfrentados pelos empreendimentos solidários.
Representando a Cáritas Brasileira, Ademar Bertucci, disse que “2010 é o ano da ES, com a Campanha da Fraternidade Ecumênica, Campanha pelo Marco Legal e com a realização da II Conferência Nacional de ES (I CONAES), realizada no mês passado em Brasília. “Nós estamos, neste momento eleitoral do Brasil, marcando posição a respeito de um outro Brasil que queremos”, declarou.
Por fim, o diretor do Departamento de Estudos e Divulgação da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), Roberto Marinho, disse que a Feira de Santa Maria é um espaço “para encontrar companheiros (as) e beber da sabedoria do povo. A gente vem aqui para aprender e para trocar conhecimentos”.
Ele disse ainda que em seus 17 anos de existência, a Feicoop é um símbolo importante para o Governo Federal, já que seu espaço contribuiu para a construção de uma política pública que resultou na construção da Senaes. Ele lembrou que a instituição federal já completou 7 anos de existência.
Sobre a realização da II CONAES, Roberto disse que “a conferência nacional reafirmou como direito de produzir e de viver em cooperação e de maneira sustentável, tornando e buscando, cada vez mais, fazer com que a política de ES, seja uma política de Estado, que seja um direito de cidadania”. Finalizando sua participação, ele anunciou, para dezembro deste ano, a realização de mais uma Feira Nacional de ES, que acontecerá em Salvador, na Bahia.
Msg postada por Sérgio Trindade
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