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Quem é capaz de confundir o timbre do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva em alguns de seus muitos discursos históricos? Ou não achar no mínimo diferente a estridente fala do lutador Anderson Silva depois das já costumeiras vitórias nos ringues de MMA? Pois nesta segunda-feira, 19 de abril, é comemorado o Dia Mundial da Voz, que além de constituir  uma das grandes marcas da individualidade do ser-humano é o instrumento de trabalho de cerca de 70% da população economicamente ativa no Brasil. Entre os que formam o grupo dos chamados profissionais da voz estão os cantores, atores, advogados, políticos, repórteres, vendedores e, é claro, professores.
Destes, são os educadores que mais sofrem com os problemas. Pesquisa epidemiológica realizada no país em 2003 revelou que aproximadamente 67% disseram ter apresentado rouquidão em algum momento da carreira. Outro estudo, conduzido pela Faculdade de Saúde Pública da USP, indicou ainda que o estresse aumenta em até 9,5 vezes as chances de os docentes se tornaram incapazes para o emprego. 
De acordo com Sabrina Lucena, fonoaudióloga e pesquisadora do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os índices são um reflexo da estrutura inadequada da maioria das instituições de ensino, sejam particulares ou privadas. Salas de aula localizadas em ambiente ruidosos, turmas com grande quantidade de alunos e a baixa remuneração, que faz com que muitos se submetam a uma carga horária excessiva, são apontados pela especialista como alguns dos fatores que mais prejudicam a categoria. Além disso, são poucos os professores que adotam medidas para evitar eventuais transtornos.
“É preciso ter consciência da necessidade de usar a voz corretamente, evitar consumir bebidas alcoolicas, gaseificadas e que possuam cafeína em sua composição, não fumar e se hidratar sempre que possível. O ideal é ter uma garrafa de água à mão durante as aulas Infelizmente, a preocupação só surge quando os sintomas já se manifestaram”, analisa.
A diretora do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense (UFF), Maria Elisa da Cunha Ramos, explica que os sinais mais comuns dos distúrbios são a rouquidão, cansaço e falha na voz, pigarro, secreção e dor local. Entre as causas estão o espessamento das cordas vocais, nódulos, pólipos, edemas além de tumores benignos ou malignos. 
O tratamento pode ser feito através de cirurgia ou da chamada fonoterapia, série de exercícios orientada por fonoaudiólogos com o objetivo de ensinar os pacientes a usarem a voz corretamente. “O trabalho é fundamental, tanto para minimizar algumas lesões, como para auxiliar no pós-operatório. Pessoas submetidas a operações bem-sucedidas podem voltar a apresentar os problemas se não mudarem os hábitos prejudiciais à voz”, pondera.
Lula agradece
Hoje totalmente curado de um câncer na laringe, Lula aproveitou a data para parabenizar os fonoaudiólogos que o acompanharam durante o processo de recuperação. Em mensagem de vídeo, o ex-presidente – que fez, neste sábado, o seu primeiro discurso público desde que descobriu ter com a doença – confessou ter ficado com medo de perder a voz.
“Continuo fazendo fonoterapia porque tenho certeza de que minha voz pode melhorar ainda mais. Espero que no dia 16 [a gravação foi feita dia 14]eu possa estar cantando melhor do que eu canto hoje”, disse Lula, que também declarou que espera que todos possam ter acesso ao mesmo tratamento que ele teve. 
Lula foi diagnosticado com câncer na laringe no dia 29 de outubro. Ele deu entrada no hospital após reclamar de dores na garganta e rouquidão na semana em que completou 66 anos. Na época, o tumor foi considerado de agressividade média e tinha cerca de 3 cm.
Fonte: Jornal do Brasil
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