No sábado, 10 de agosto, o Centro Cultural de Educação Popular de Rio das Ostras (CEPRO) sediou o I Fórum Popular de Justiça Ambiental e Climática. Realizado em parceria com diversas instituições, o evento reuniu quase uma centena de participantes, incluindo representantes de movimentos sociais, poder público, universidades, escolas e a comunidade local.
O Fórum se estabeleceu como um espaço contínuo para discutir as dinâmicas socioambientais que impactam a cidade. Durante o encontro, foram abordadas questões essenciais como saneamento básico, água potável e coleta de lixo, entre outros temas críticos.
Frente às emergências climáticas e suas desigualdades, o Fórum destacou a necessidade de ações coordenadas entre diferentes setores. A organização do evento incluiu um processo participativo intensivo com reuniões realizadas de junho a agosto de 2024 no CEPRO. A ideia do Fórum surgiu das reflexões sobre o papel do CEPRO no bairro Âncora, uma área vulnerável afetada por alagamentos.
Sob a coordenação de Brenda Iolanda e professor César Gomes, o Grupo de Trabalho (GT) elaborou uma carta-compromisso para os candidatos às eleições municipais de 2024. A carta propõe um novo Plano Diretor participativo, a proteção dos serviços públicos contra a privatização, a formação de uma cooperativa de catadores a criação de hortas comunitárias e de soluções baseadas na natureza.
O Fórum também planeja futuros programas de formação de lideranças e atividades de campo para enfrentar injustiças socioambientais e fortalecer o engajamento da população. As reuniões do Fórum serão realizadas bimestralmente para seguir com a agenda de trabalho.
“Quero expressar minha profunda gratidão pela dedicação de todos e pela qualidade dos debates. Este processo coletivo superou nossas expectativas,” afirmou a Professora Guilhermina, fundadora do CEPRO, que, apesar de licenciada da presidência, expressou seu orgulho pelos resultados alcançados.
O I Fórum Popular de Justiça Ambiental e Climática representa um avanço importante na construção de um futuro mais justo e sustentável, reafirmando o compromisso da comunidade com um ambiente onde o bem viver seja acessível a todos.